quinta-feira, 16 de agosto de 2012
                                           

                                                  Canudos, a terra do Conselheiro.


No dia 28 de julho de 2012, nós alunos do terceiro ano do Elo viajamos para Canudos com o professor de história André Carvalho, para conhecermos um pouco melhor sobre a Guerra de Canudos. Lá fizemos diversos passeios e conhecemos lugares históricos onde houve a guerra, tanto em Canudos velho quanto em Canudos novo.
A história começa quando o Brasil passa de Monarquia para República, a qual não era aceita por muitos, inclusive por Antônio Conselheiro, líder deste movimento.  Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os “pecados” republicanos e a cobrança de impostos. Com estas ideias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de pessoas que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 
Antônio Conselheiro fundou o vilarejo denominado Canudos e os sertanejos e suas famílias para lá passaram a migrar. O líder e seus devotos propagavam a salvação da alma e o povo tinha fé que seu messias os ajudariam a sair daquela situação precária. A igreja começou a perder seus fiéis para um “falso religioso” e assim ele passou a ser mal visto pela Igreja e pelos coronéis. Os mesmos faziam pressão para que o governador da Bahia acabasse com Canudos, o qual organizou expedições militares para destruir o povoado. A primeira, comandada pelo tenente Manuel Pires Ferreira, foi composta por 120 homens e terminou sendo vencida pelos fiéis de Antônio Conselheiro, que estavam sob o comando de Pajeú e João Abade. A Segunda expedição, foi composta por 300 homens e foi chefiada pelo major Febrônio de Brito, mas também foi derrotada.
Diante do fracasso, foi organizada uma terceira expedição militar composta por 5 mil homens, sob chefia do coronel Moreira César considerado pelos militares um herói do exército brasileiro. Ainda assim, a expedição foi vencida, e o coronel foi morto em combate. Fortemente armados, os soldados cercaram por três meses o arraial de Canudos, que sofreu forte bombardeio e depois foi invadido. O arraial foi completamente destruído dia 5 de outubro de 1897. Os sertanejos do povoado, homens, mulheres, velhos e crianças, foram massacrados pelos soldados.
A revolta de Canudos ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

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