No dia 28 de julho, o professor André, levou a turma do 3ª ano para conhecemos a cidade de canudos e um pouco de sua história. Chegando a cidade fomos visitar Canudos velho que foi a 2ª cidade a ser construída depois que a 1ª foi devastada pela guerra, onde visitamos um pequeno museu que tinha algumas armas, munições, fotos de pessoas que moraram nessa 2ª canudos.
Depois dessa rápida visita a canudos velho, visitamos o Parque Estadual que foi o lugar que realmente aconteceu a guerra de canudos, e com ajuda de um guia que nós explicou um pouco sobre a guerra , depois conhecermos o museu onde falava da guerra, de Antonio Conselheiro e pessoas envolvidas.
Filho do comerciante Vicente Mendes Maciel e de Maria Joaquina de Jesus, Antônio Vicente Mendes Maciel ficou órfão da mãe aos seis anos. Aos 27 anos, perdeu o pai e começou a cuidar da loja da família, com a qual sustentava as quatro irmãs. Ficou dois anos à frente do negócio e, depois, passou a dar aulas numa escola de fazenda. Graças aos seus estudos e esforço pessoal, tornou-se escrivão de cartório, solicitador, e rábula (advogado sem diploma). Estaria encaminhado profissionalmente, caso um problema pessoal não viesse mudar radicalmente sua vida. Flagra a sua mulher em traição conjugal com um sargento de polícia em sua residência na Vila do Ipu Grande. Envergonhado, humilhado e abatido, abandona o Ipu e vai procurar abrigo nos sertões do Cariri. Iniciando aí uma vida de peregrinações pelos sertões do nordeste. Ele passou a ler os Evangelhos e a divulgá-los entre o povo humilde, ouvindo também os problemas das pessoas e procurando consolá-las com mensagens religiosas. Devido aos conselhos, tornou-se conhecido como Antônio Conselheiro e arrebanhou um número crescente de seguidores fiéis que o acompanhavam pelas suas andanças. Varias pessoas se reuniu a sua volta e o acompanhou sertão afora, por andanças que duraram 17 anos. Em 1893, ele se estabeleceu definitivamente numa fazenda abandonada às margens do rio Vaza-Barris, numa afastada região do norte da Bahia, conhecida como Canudos. Fundou um povoado, que chamou de Belo Monte. Rapidamente, o vilarejo se transformou numa cidade.
Arraial de Canudos de forma que o local cresceu e começou a causar preocupações nas autoridades políticas e nos fazendeiros da região. Foi chamado de monarquista e inimigo da República. O governo federal, com auxílio de tropas locais, organizou uma grande ofensiva militar contra o arraial liderado por Conselheiro. O conflito armado, conhecido como Guerra de Canudos, ocorreu entre 1896 e 1897. Em 24 de novembro de 1896 foi enviada a primeira expedição militar contra Canudos, sob comando do Tenente Pires Ferreira. Mas a tropa é surpreendida pelos fanáticos de Antônio Conselheiro, durante a madrugada, em Uauá. Após uma luta corpo-a-corpo são contados mais de cento e cinquenta cadáveres de conselheiristas. Do lado do exército morreram oito militares e dois guias. Estas perdas, embora consideradas insignificantes quanto ao número nas palavras do comandante, ocasionaram o retiro das tropas. Em 29 de dezembro de 1896 teve a segunda expedição militar contra Canudos. Assim como a primeira, esta expedição foi violentamente debelada pelos Conselheiristas. Diante do fracasso, foi organizada uma terceira expedição militar composta por 1.200 homens, sob chefia do coronel Moreira César - considerado pelos militares um herói do exército brasileiro. Ainda assim, a expedição foi vencida, e o coronel foi morto em combate. Com a terceira derrota, a resolução do problema passou para a competência do governo federal. O ministro da Guerra, Carlos Bittencourt, preparou uma quarta expedição que foi composta por 6 mil homens e chefiada pelo general Artur Oscar. Fortemente armados, os soldados cercaram por três meses o arraial de Canudos, que sofreu forte bombardeio e depois foi invadido. O arraial foi completamente destruído a 5 de outubro de 1897. Os sertanejos de Canudos, homens, mulheres, velhos e crianças, foram massacrados pelos soldados, que tinham ordens para não fazer nenhum prisioneiro. Antônio Conselheiro morreu em 22 de setembro de 1897, não se sabe ao certo qual foi a causa de sua morte. As razões mais citadas são ferimentos causados por uma granada, e uma forte caminheira, o cadáver de Antônio Conselheiro é encontrado enterrado no Santuário de Canudos e sua cabeça é cortada e levada como troféu pelos soldados. Todo conflito foi de comentado por Euclides da Cunha na obra Os Sertões, que era jornalista do jornal O Estado de S. Paulo. Onde apresenta uma contundente denúncia sobre o massacre dos sertanejos de Canudos, retratando-os como bravos heróis que resistiram até o fim.
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