sexta-feira, 18 de maio de 2012

Relatório: Viagem ao Massacará

Dia 05/05/2012, eu e meus colegas, alunos do 3° ano do Centro Educacional Elo, guiados pelo professor André, nosso professor de história, fomos ao Massacará, com o objetivo de conhecer e aprender mais um pouco sobre a cultura indígena e os índios Kaímbe.
Estava marcado para sairmos daqui às 07h30min, mas com alguns atrasos, saímos às 08h30min. No povoado de Nova Trindade, o pneu do ônibus estourou e tivemos que esperar uns 20min até que o motorista conseguisse trocá-lo.  Seguimos viagem e ao chegar ao Massacará fomos levados ao centro cultural de lá. Onde fomos recepcionados por um índio, que até tinha vindo no ônibus conosco, depois chegou o filho do cacique Juvenal, Evangelista, que nos contou muitas histórias. Ele nos contou que a aldeia Kaímbe é a aldeia indígena mais antiga de todo o nordeste e que houveram 3 batalhas entre eles e alguns fazendeiros, para que conseguissem definitivamente tomar posse das terras que eram deles. Contou também a origem do nome Kaimbé e Massacará. O nome Kaimbé veio porque eles utilizavam muito o imbé e tinham que buscá-lo, por isso o nome Kaímbe, e o nome Massacará surgiu porque eles também utilizavam muito o cará, que era uma massa, por isso Massacará. Perguntamos se eles se pintavam e usavam roupas de palha ou pena, e se falavam alguma língua indígena.  Ele respondeu que se pintavam e usavam essas roupas sim, e que não falavam outra língua, mas estavam tentando resgatá-la. Ele disse que os índios podiam deixar de usar aquelas roupas ou que podiam ser o que quisessem, sem nunca deixar de ser índio, pois o que valia mesmo era o que eles levavam no coração, era que eles tinham a consciência que eram índios e nunca deixariam de ser. Ele nos contou algumas lendas como a da serpente e a do Deus Tupã. A lenda da serpente diz que há uma serpente enorme embaixo da Santíssima Trindade que fica na igreja, e ela é tão grande que vai de lá até uma pedra, com distância, aproximadamente, de 500 metros, e se a Santíssima Trindade for retirada do seu local, essa cobra vai acordar e destruir tudo.  A lenda do Deus Tupã diz que o pai e o filho saíram para caçar, cada um foi para um lado, quando o filho viu algo a se mover atrás de uma moita, não pensou duas vezes e atirou, a flecha pegou na mão do homem, o filho assustado correu e chamou pai, o pai logo que viu falou que era o Deus Tupã. Foram contar aquela novidade pra os fazendeiros que pegaram a imagem e a levaram pra longe dali, mas não adiantava ela sempre voltava para o mesmo lugar, então, prenderam-na num baú cheio de correntes, mas do mesmo jeito não adiantava a estátua voltava pra o mesmo local, onde havia sido encontrada. Por isso, a  igreja foi construída ali mesmo.
O cacique Juvenal chegou e continuaram as histórias. Na aldeia possuem ele e mais dois caciques, e cada um têm seu grupo, todos se reúnem em danças e festas. O cacique nos contou uma história de quando uns fazendeiros os enganaram, eles trocaram o rio que os abastecia por sete cabeças de gado, passaram-se alguns dias e chegou a primeira cabeça, somente a cabeça do gado, eles a trataram e comeram, passaram alguns dias e foram chegando as outras até completar sete. Os índios foram atrás do gado prometido e o fazendeiro não quis conversa dizendo que já havia mandado as sete cabeças. Vendo que haviam sido enganados eles não desistiram, lutaram e conseguiram de volta o rio que era deles.
 Depois de muitas histórias, chegaram mais alguns índios e dançaram o Toré, uma dança muito realizada por eles, nós também fomos convidados a dançar e participamos muito contentes e animados.  Paramos alguns minutos para o almoço e em seguida fomos visitar a igreja, subimos uma ladeira enorme, cheia de pedras e galhos, mas valeu a pena, pois a igreja é muito organizada e bonita. Seguindo fomos a pedra, onde diz a lenda que fica o rabo da cobra, lá é bem alto e bonito, tiramos várias fotos. Depois, fomos a uma cachoeira, que percorremos 5 km de ônibus e 1 km andando, ainda no caminho vimos uma jararaca, que passou bem perto do pé do Filipe. A cachoeira é linda e a água é muito gostosa, lá um índio nos contou que a mãe de um deles, uma vez, foi lá para tomar banho e lavar roupa, esqueceu o pente e o sabonete, voltou para pegar, foi quando viu uma mulher de cabelos muito longos em cima da pedra penteando o cabelo com o pente, ela voltou e essa mulher nunca mais foi vista, ele também nos contou outras histórias.  Voltando de Lá, fomos ver o artesanato, vendiam brincos, colares, cocá e chucalho, muito legal e bem feito o trabalho deles. Ainda, utilizamos o arco e flecha e tiramos muitas fotos. Enfim, já estava ficando escuro, nós despedimos do cacique e viemos embora. Esse dia foi muito especial, que vai ficar guardado na memória, nos divertimos e curtimos bastante, tiramos muitas fotos e demos muita risada, com certeza essa viagem vai ficar marcada nas nossas vidas.

1 comentários:

Profº André Carvalho disse...

Serão levados em consideração os seguintes aspectos:
• Clareza na apresentação das idéias;
• Fundamentação demonstrada na abordagem;
• Capacidade de análise crítica
• Objetividade da apresentação do tema
• Criatividade;

O texto obteve êxito em todos os quesitos, apenas com uma única ressalva, poderia ter relacionado melhor os fatos históricos e os conteúdos em sala de aula!#Ficaadica#

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