sexta-feira, 18 de maio de 2012

Relatório: Viagem ao Massacará

No dia 05 de maio de 2012, o terceiro ano do Centro Educacional Elo realizou uma viagem ao povoado de Massacará, tendo em vista a busca de novos conhecimentos, a viagem foi realizada pelo professor de história da turma, o qual nos acompanhou a viagem toda.
O previsto para saída de Euclides da Cunha, era as 7:30, mas como toda viagem tem imprevistos, essa não foi diferente, imprevistos surgiram e acabamos nos atrasando um pouco, saímos de Euclides quase 9 horas, durante a viagem nos acompanharam os índios, João e Adelson.Chegando ao povoado de Nova Trindade o pneu do ônibus que nós estávamos furou, e tivemos que parar para trocar, ficamos uns 40 minutos no povoado, lá fizemos amizade com um garotinho chamado Matheus, o qual simpatizou muito com a turma e ficou um bom tempo trocando idéias com a turma. Depois de muito esperar seguimos viagem, ao tão aguardado Massacará, depois de Nova trindade ainda passamos por mais o menos dois povoados, durante o caminho observamos o quanto a seca estava agravando nossa região, animais morrendo de fome, magros por sinal, tudo isso encontrávamos nas roças e no meio da estrada. Chegamos ao Massacará, por volta das 11 horas, chegando lá fomos ao Centro Cultural de Massacará,onde ficamos por aproximadamente 2 horas, ouvindo os relatos dos índios, dentre eles estava presente o cacique Juvenal e seus filhos, um dos filhos de seu Juvenal, chama-se Evangelista Pereira que é cacique ta tribo Kaimbé de Tucano. Os índios passaram a contar história do seu passado e do seu dia-dia, nos seus discursos narraram as perseguições que sofreram ao decorrer do tempo por causa daquela terra. Frisaram também no interesse e nas inúmeras tentativas dos coronéis daquela região tomar o território, entre esses coronéis estão Alexandrino Dias Guimarães e José Américo, o que pude perceber na fala desses índios que o pior coronel foi José Américo, o segundo de uma geração de três coronéis em Massacará, na época José Américo era um dos homens mais ricos e temidos da região,em 1989 houve o último conflito.  As lendas faladas foram a do Bicho da Lagoa Seca, da Serpente e a da santíssima trindade que inclusive é a padroeira de Massacará. Junto com os índios participamos do Toré , o Toré é uma dança tradicional deles, que é composta de 5 coreografias  diferentes. Os índios de Massacará são da tribo Kaimbé, a qual tem 3 caciques, eles mantém contato com os Quiriris, e sempre festejam algo juntos. Em Massacará a escola é estadual, eles estão tentando resgatar a língua tupi-guarani. Fazem rituais com vestimentas indígena aos sábados de 15 em para o Deus Tupã.Usam também arco e flecha para caçar em grupos, caçam pássaros, tatus e preás, após a caça dividem a comida,eles não vendem o que caçam porque seria contra os princípios deles (agricultura de subsistência), tem também a Jurema que é uma bebida usada no ritual, é uma bebida que pode mexer com o espírito da pessoa. Lá a religião é liver, tem a influência católica, evangélica... Cada um escolhe a religião que quiser. Eles falam muito bem português, com exceção dos mais velhos, o povo Kaimbé são os mais antigos do Nordeste. Em 1938 lá foi declarado como terra indígena, a primeira da Bahia... Depois do almoço fomos as ocas, onde os índios fazem suas danças e seus rituais,os rituais são fechados para outras pessoas que não seja da tribo, nesse rituais eles bebem a Jurema como já citei, é uma bebida alucinógena que segundo os índios as pessoas de pouca condição espiritual não pode experimentar. Depois disso seguimos para Igreja da Santíssima Trindade localizada em um morro. A igreja foi construída em 1689 pelos padres Jesuítas que tinham como missão catequizar os índios, na igreja vimos a imagem a qual os índios dizem que foi achada por 2 caçadores(Santissima Trindade),visitamos o túmulo do Coronel José Américo e do Quintinio Lopes de Castro e seu filho Alexandrino Dias Guimarães, o qual era juiz    em Senhor do Bonfim ,ele foi uma figura muito importante por lá, na igreja encontramos também flores,velas,fotos agradecendo alguma benção recebida.Diziam que abaixo do altar, estava a cabeça da serpente, onde diziam que se tirasse a imagem daquela região libertava a tão temida serpente. Depois fomos para a pedra do consolo onde segundo a lenda fica a calda da serpente, a pedra do Consolo era conhecida por quando uma pessoa estivesse triste e fosse lá voltaria alegre. Em seguida fomos para a fazenda Ilha, onde fica a nascente do rio Massacará e o casarão do Coronel Zé Américo (estivemos no pé do monte, onde situava o casarão... Nessa fazenda fica a nascente do rio Massacará. Foi bastante notável que os índios acreditam muito nos espíritos da floresta, inclusive eles nos pediram para entrar com respeito, depois de visitarmos o rio fomos visitar o artesanato no povoado de Massacará, e por fim nos despedimos e agradecemos  de todo os índios que nos acompanharam e nos guiaram . Na volta a Euclides , quase viramos o ônibus, estávamos muito animados,pulávamos e dançamos sem parar ,alguns colegas estavam cansados mas mesmo assim acabavam-se de dar risadae tentavam interagir com todos , chegamos em Euclides quase  as vinte horas, nos despedimos de todos nossos amigos e seguimos para nossas residências, todos muito alegres e realizados com a maravilhosa viagem que tínhamos acabado de realizar ,porém tristes por ter passado muito rápido . 

1 comentários:

Profº André Carvalho disse...

Serão levados em consideração os seguintes aspectos:
• Clareza na apresentação das idéias;
• Fundamentação demonstrada na abordagem;
• Capacidade de análise crítica
• Objetividade da apresentação do tema
• Criatividade;

O texto obteve êxito em todos os quesitos!
Essa Camila é ingrata não bota nem meu nome!rsrsrs

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